27 dezembro 2007

ai, ai, que sono.

1
É nessas horas, de puro desmantelo mental, de sono brabo, que queria ter um botão pra apertar e viajar direto pra uma rede, debaixo da sombra de coqueiros, em uma praia bonita (porque, segundo a dadylla 'super linda' é gay) e deserta.

2
Falta pouco pras coisas novas. Espero que elas sejam boas também.

3
Planilha de gastos já. Fico realmente assustado como o dinheiro some.

24 dezembro 2007

Papai noel não existe.

Lembro bem daquele natal. A manhã começou clara, iluminada, acordei cedo já na expectativa de que um velhinho desconhecido, e enormemente bondoso por passar em tantas casas do mundo todo, tivesse trazido o tão aguardado presente. Não estava no meu quarto. Olhei debaixo da cama, dentro do armário, nos compartimentos superiores do guarda-roupa, não estava em canto nenhum. Fui tristonho procurar no resto da casa. Nada. Desolado, fui ao quarto dos meus pais contar a má notícia. Vi que minha mãe estava sonolenta, deitada, porém já acordada. Já com lágrimas nos olhos pronunciei as primeiras palavras daquela triste frase "Ele não...". Estava lá, no cantinho, perto do guarda-roupa deles. Abri tão rápido que pareceu ser um daqueles embrulhos malfeitos. Lembro bastante daquele felicidade momentânea. Naquele dia saímos para almoçar na minha avó, onde sempre há aquele lado religioso e mais de direito ao nome Natal do que qualquer coisa. Foi um dia muito bonito.

No ano seguinte, descobri que aquele estória toda de Papai Noel era balela. Numa conversa casual, com os meus próprios pais. Não lembro de ter ficado triste, ou chateado. O que me ocorreu foi uma enorme sensação de clareza e lucidez. Finalmente as coisas faziam o devido sentido. Eles ainda fizeram a brincadeira naquele ano, mas foi a última vez. Já entendia que aquela coisa toda era uma artifício muito bem criado para estimular as vendas do comércio, ou criar álibis para presentes menos satisfatórios (devido ao mal comportamento).

Depois daquele ano, sempre idealizei mais natais como aquele. Entretanto, sempre me frustrei pelo fato de não conseguir mais enxergar aquela situação como uma coisa real, palpável. Hoje percebo que sou perito em idealizações, do natal a um passeio qualquer de domingo. Trabalho, faculdade, natais, anos-novos, ou qualquer outra coisa, sempre sai diferente daquilo criado durante a noite ou visto com o deslumbre de uma primeira vez. Me frustro não pelo fato de ter minha ideia desconstruída, mas sim pelo fato de saber que ela será certamente e fatalmente desconstruída, e mesmo assim ainda reter esperanças de que isso não aconteça.

Hoje amanheceu chovendo e a chuva me deixa melancólico. É véspera de natal. Eu só queria que passasse direto, que eu pudesse ligar o piloto automático, fazer com que esse dia fosse só uma lembrança, esquecida no fundo de um poço bem fundo em um lugar qualquer da memória. Um daqueles lugares onde qualquer pancadinha de nada apaga tudo. O fato é que hoje ninguém vai querer me deixar deitado na cama, onde eu posso escutar a chuva cair e dormir com os meus fantasmas. Papai Noel não existe, isso é certo.

13 dezembro 2007

conversa vazia

28 novembro 2007

26 novembro 2007

???????



Fico assim por causa de FRIENDS e por causa do livro que inventei de ler na hora errada. Talvez, seja tudo falta de um pouco mais de carinho, só.

25 novembro 2007

=\

escutando coldplay sem parar.

S.O.S



obrigado, juão. :P

I:


*Foto por Steve Ainsworth

apenas um nota de rodapé; num ônibus vazio, uma cadeira vazia que não está no sol; um apêdice numa tese de doutorado; aquele tênis surrado que se usa enquanto o dinheiro pra comprar outro ainda não chegou; o salgadinho antes do jantar em festas de formatura; a bic que fica na bolsa pra evitar trazer a caneta legal; a música antes da faixa preferida; a bola dente-de-leite provisória; a bolsa do ladrão; o pedaço de lasanha com cabelo; a blusa azul, porque a vermelha tá pra lavar.

20 novembro 2007



devo avisar que há várias interpretações para a charge acima. :P

+

Acho que quero coisas de mais, só pode.

No I In Threesome

hoje me bateu uma saudade dos primeiros tempos, dos primeiros toques, dos primeiros beijos. Meu encanto bobo, embalado por uma banda indie que nunca tinha ouvido falar, estampado na minha cara. E por algum motivo cantava alto she's bad, mas hoje já sei o porquê. Naquele tempo as noites eram longas, cheias de sonhos, de converas de amor. Hoje escuto a mesma banda, e ainda consigo sentir um pouco daquelas noites, um pouco do toque novo, do amor ainda imaculado.

12 novembro 2007

Acorda cretino!



por Caco Galhardo.

26 outubro 2007

estupidez danada



GB,

Algo me diz que o mundo vai desabar, logo, logo. Fico pensando na angústia que cairá sobre mim quando isso ocorrer. Parte da culpa vai ser minha, parte não, assim como são todas as coisas. Mas isso se deve ao fato da estupidez humana, particularmente à minha, que dia sim, dia não, acontece de acontecer. De fato, ela é presença constante e irritável, me fazendo de bobo em vários momentos. De casar, a ser um escritor realizado, ou permitindo falar coisas estúpidas, em tudo a danada tá metida. Uma dia ela me acaba.
Juro que queria ter algo legal pra falar, mas acho que vou ter que deixar pra depois. Não me espere percorrer meia cidade pra dizer que te amo. Já fiz uma vez e não deu certo.

P.S. Caso demore a mandar notícias, é por causa da falta de absurdo.

25 outubro 2007

colossos

Sou um estagiário solto na era da prosopopeia. Onde colossos de bronze carregam bibliotecas de Alexandria nas costas, como mochilas. Estampando na cara, todo o brilho do saber. E eu, com o meu papiro de meio palmo, vou correndo atrás, por mais que o que eu queria mesmo é ficar olhando o mar e jogar pedrinhas na lua, utilizando apenas os dedos dos pés, é claro.

D. SEBASTIÃO - Rei de Portugal

(imagem via yashlabs)

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa


para o Bruno.

14 outubro 2007

lagarta-pintada

Me dissetam uma vez que o homem gosta de sofrimento. Uma afirmação absurda, mas que toma forma em toda rodinha em volta de uma briga, ou no burburinho de acidentes de trânsito, ou mesmo quando se está no quarto fechado chorando a própria infelicidade. Um ato sado-masoquista que irrompe do próprio instinto. Talvez seja, somente, pura merda, mas certas vezes tenho que adimitir que penso ser isso a mais pura verdade. Às vezes me pego beliscando meu prórpio dedo, num jogo de lagarta-pintada distorcido, criando fantasmas para meu próprio terror. De nada vale a agônia. Ela não será capaz de apagar os traços dos meus medos, apenas de fortalece-los e tornar-me fraco. O problema é que nunca aprendo.

08 outubro 2007

01 outubro 2007

vovô




por caco galhardo.

25 setembro 2007

Mar de corações torturados.

Navegando por mares mais calmos, vê-se os buracos da embarcação. buracos esses causados pela falta de manejo com o a nau. Assim, como da outra vez, as tempestades de morte derrubaram mastros, cortaram cordas e mataram parte da tripulação obstinada, que nunca se cansou de almejar o bom, a terra quente e frutífera, ao contrário do mar de monstros, piratas e agouros.
Pesam sobre as madeiras podres, as dores dos desenganos, dos caminhos não percorridos e dos percorridos também. Pesam os maus tratos, procurados de vontade própria na busca de tesouros de amor.
Sempre visando patentes mais altas, o capitão agora senta cansado à beirada, sucumbindo por todos os desprazes do comando. A luneta lhe mostra o cais, onde outros marinheiros estão apostos com ferramentas e madeiriço novo de pinho manso.
No caís está a salvação. Porém, resta saber se lhe sobram forças pra continuar. Cambaleando pelo avanço sobre as ondas, cair lhe soa mais convidativo. No mar, esperando ser tragado pelos redemoinhos do fim-do-mundo, ou devorado por bestas mitológicas, lhe resta a esperança de cessar a dor que massacra seu peito, tomba seu corpo e escurece-lhe os olhos profundos.

03 setembro 2007

Inverno

Alguma coisa ficou pra trás, nos tempos idos da primavera. No passo largo e retubante do tempo, as formas se tornam difusas e o pulso enfraquece. Os temores do passado correm como fera, sedentas pela presa morna do presente. O impensável se torna possível em um tic do relógio, e o frio vindo com o inverno toma conta do canto mais caloroso e aconchegante. Há lenha para queimar até o fim, mas o joelho dobra diariamente, rezando para que o fim chegue logo e os raios de calor derretam a camada de neve formada na tempestade. que venha a bonanza, com sol e calor.

22 agosto 2007

NMKY



uma peça rara do virtuosismo musical e artístico-corporal.

17 agosto 2007

uau!

16 agosto 2007

...



por Caco Galhardo

13 agosto 2007

Que linda manito que tengo yo, qué linda y blanquita que Dios me dio;
Qué lindos ojitos que tengo yo, qué lindos y negritos que Dios me dio;
Qué linda boquita que tengo yo, qué linda y rojita que Dios me dio;
Qué lindas paticas que tengo yo, qué lindas y gorditas que Dios me dio;
Qué lindas manitos que tengo yo, qué lindas y blanquitas que Dios me dio

07 agosto 2007

\o/ uuuh!

06 agosto 2007

a morte

A morte é um fato. Vivemos com ela a espreitar nossos rumos. Cabe a um dia ser aquele em que ela nos chama a passeio e não voltamos mais. O vazio que fica, dói. Dói tanto que o coração às vezes parece desistir de bater, cansado. Mas o tempo alivia, morfina em doses homeopáticas, e dias se tornam semanas, depois meses, depois anos, e esquecemos da sombra dela, sempre rodando até o dia em que ela nos chama a passeio e não voltamos mais.

01 agosto 2007

29 julho 2007

eu ein!

Três dias, três pratos, três copos.

Há três dias venho seguindo, só, na casa do meu nascer. Há três dias passo de um cômodo ao outro por puro instinto, como se não fosse eu dentro do corpo flácido e molenga. Há três dias a poeira cai e as janelas fechadas exibem minha total falta de prazer pela luz morna do sol. São três dias e três pratos e três copos que jazem na pia, das três refeições que fiz.

26 julho 2007

shall we dance?


"Dance with me" by Nouvelle Vague

20 julho 2007

quero, faço (nada)

Se inveja matasse, eu agora não estaria escrevendo esse texto. De repente a lança amarga atravessou meu peito. Diparada de longe, das coisas que teimo em gostar e persistem em fugir de mim. O que me irrita é a mania de me irritar, sabendo que "se quero, faço" comgimo não funciona. Ou eu não quero de verdade, ou, se quero, é apenas pelo breve momento de sentir que aquilo me faz bem. Que morram os invejosos, porque deles é a falta de vontade de alcançarem o galho desejado.

17 julho 2007

no banco do passageiro.

O silêcio ensurdecedor da viagem me faz lembrar da época de quando eu era menor. Onde eu não podia ir no banco do passageiro porque ele já estava ocupado. Os cabelos um tanto ruins, que herdei também, eram volumosos, e o rosto, quase que reaproveitado da fôrma dos outros irmãos, era sempre sereno, exceto, claro, nos momentos de dor. A voz dela me acalmava, ao contrário da outra, que sempre me mandava calar. Calado, hoje ocupo o banco do passageiro, inventando mil formas de entreter meus sentidos nas viagens diárias da nossa vida. Saudades.

16 julho 2007

O vento.

O vento pode ser bom,
como aquele que refresca,
vindo do mar,
nos dias de brasa ardente.

O vento pode ser devasso,
como aquele que leventa,
sem desembaraço,
a saia da moça.

O vento pode ser triste,
como aquele,
úmido e frio,
que embala os enterros.

O vento pode ser alegre,
como aquele que levanta,
bem alto, lá no céu,
a pipa do menino.

O vento pode ser assustador,
como aquele que balaça a vidraça
e sussura um sussuro de morte.

O vento pode não existir,
como aquele que não circula
no coração do sertão brabo,
onde os vendavais mais parecem obra do diabo,
e nada além se faz.

15 julho 2007

La carta

Dejé la carta sobre tu mesa.
Dejé la carta cerca de tus libros
Una carta de amor,
para tu.

Escribí todos los sentimientos
libres en mi alma.
Con sangre escurrido de mi corazón,
escribí mi destino:
preso estoy a ti.

Solamente,
en los descampados del final del mundo,
frente la faceta de la muerte,
yo seré libre otra vez.
Hasta lá, yo seguiré te amando.
Hasta lá, cuando, adelante,
el amor quedar sin sentido.

08 julho 2007

a imagem mais preciosa.

tua beleza é luz para os meus sonhos escuros.
de lá te vejo eterna, radiante.
és pra mim meu porto seguro, meu norte,
estrela guia em noite escura.

liso negro são teus fios,
cabelo d'ouro negro e quente.
o perfume deles exalado,
é fruto de todas as rosas.

os olhos, brilho e esplendor para minh'alma,
servem de alento nos dias mais tristes da minha vida.
são força, desejo e amor.

dos sonhos escuros, tu és a imagem mais preciosa.
na noite, me deito na ânsia da noite acabar,
pro dia logo chegar, e mais uma vez, te ver.

"Olas" pra todos

o que mais gosto no estádio, num dia de jogo lotado, é a "ola". naquele momento, extinguem-se todas as diferenças de raça e credo, e todos viram uma única massa, num vai-e-vem fantástico, com o bramido de um monstro ensandecido, mostrando pra todo mundo que por um momento as coisas podem ser melhores e mais bonitas se todos se ajudassem. viva à beleza do futebol, da "ola" e do "comeu-morreu".

Cinemas, casais e outros tantos.

Se existe uma coisa que gosto na vida, com certeza é de estar dentro de uma sala de cinema. Eu não sou um especialista em cinema, nunca estudei o assunto e nem tenho tino crítico pra coisa alguma do ramo. Simplesmente gosto, no mais puro significado da palavra, de filmes. Uns me agradam, outros não, ponto. E uma das coisa que gosto, assim como Amelie, é ver o comportamento das pessoas dentro da sala: antes, durante e depois do filme. Choros, sorrisos, irritação, praguejos e lamentos em uma infinidade de situações. Junto delas, experimento das mais variadas sensações, e adoro. Ao final, saindo aos poucos, algumas sensações ficam na cadeira, outras vão comigo. Quando vou, gosto de ir só. É um lugar que me acalma. Nos momentos de espera, enquanto tocam aquelas músicas clássicas de não sei quem, reflito sobre todos os tormentos e angústias que me inquietam. Penoso é o sair só. Vendo todos aqueles casais, amigos e famílias juntos, penso, deprimido, como é bom ter alguém do lado pra sentir esse monte de coisas também. Chorar, sorrir, irritar-se, praguejar e lamentar abraçado, ou só sentado do lado, é bem melhor. E outra coisa: sair do cinema acompanhado, com sorriso besta na cara, não tem nada melhor.

pobre leiteiro

no mundo cão, quem morre, morre, que não morre, mata. ou de um jeito, ou de outro, mas mata. pena que quem morre são os leiteiros. quem devia morrer, de verdade, era a corja que usa paletó e fala engraçado, ludibriando o povo com conversa mole, pra boi dormir.

#####

Há pouco leite no país
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.

Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas,
seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.

Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro.
morador na Rua Namur,
empregado no entreposto
Com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma pequena mercadoria.

E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.

Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.

Mas este entrou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.

Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.

Da garrafa estilhaçada.
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.

Carlos Drumond de Andrade.

27 junho 2007

parece que vai chover, né?

a lua tem halo, sinal de chuva. as crenças distantes tomam de assalto a minha mente inconformada com o dia de amanhã. a lua tem halo hoje e prefiro acreditar na refração da luz pelos cristais do que em qualquer outra teoria absurda. bem que eu precisava de chuva. pra poder lavar as caraminholas da minha cabeça. sem rumo, tomo prumo pra lugar nenhum. que venha a chuva.

25 junho 2007

O amor à merda.

"O amor é semeado todos os dias na nossa vida".
Victor Bacaus, Passeata do Amor Divino, 16 de setembro de 1997.

"Vai à merda, filho da puta comunista".
Victor Bacaus, Entrada da Polícia Federal após prisão por sonegação fiscal, 18 de setembro de 1997.

amor bastardo

de repente, bate na porta uma esperança.
de repente, bate na cara uma dor.
a dor de um amor rejeitado,
a dor de um amor escarrado,
a dor de um amor bastardo,
filho de um pai só.

eterno

eterno é tudo aquilo que não padece à força do destino, que não se quebra sob o punho esmagador de tempo, e fica, nem que seja apenas uma folha da ávore da memória no outono da nossa era.

22 junho 2007

conferência de teclados do mau desmascarada.

Uma operação em conjunto do greepeace e da polícia federal, desmascarou hoje a maior conferência de teclados do mau que o mundo da já viu. Há dois dias, em um chat pela internet(aqui), descobriu-se um plano nefasto dos teclados que planejavam dominar o mundo forçando erros ortográficos, do mais baixo calão, em chats pela rede mundial de computadores. Através dos erros, eles disseminavam a discóridia e o caos pelo mundo. Segundo fontes sigilosas, todos os conflitos mundias e todas as desgraças da humanidade, desde as épocas mais remotas, aconteceram por causa dos teclados. A conferência, mascaradamente ocorrida em um galpão de lixo tecnológico, seria realizada com o intuito de promover o ataque final contra a raça humana e, de uma vez só, por um fim na humanidade para que eles pudessem reinar absolutos, sem dedos nas suas teclas. Veja aqui uma imagens do flagrante:



Obs: imagem reTirada do ipo do greepeace(http://www.greenpeace.org)
maldk alf u 239-24t-24ed f,sdg203i 30i psmg 4i44 povgm-0 i42024i
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19 junho 2007

mente? não!

hoje sonhei que estava na tua mente e lá eu podia viajar. de trem, de avião, pé ou bicicleta, ví tudo que quis. entrei por cada porta, visitei cada canto, tua sala de estar, tua cozinha. mas ao chegar ao salão do coração fiquei com medo. fiquei com medo de encontrar um bicho-papão, um monstro, uma mão dos amores passados, ainda vivos. exitei, pra mim bastou ver a luz do meu quarto acesa. mas senti a ponta da faca do desespero tocar meu pescoço. senti que aquele medo me consumia e que um dia irei pagar por isso. devia ter entrado. e se me aparecessem as aberrações que os sonhos gostam de fazer pular na nossa frente, eu os devia ter enfretado, como homem que luta pelo seu ideal, como quixote por dulcinéia. agora é tarde. agora é rezar para cair lá de novo e ir preparado.

18 junho 2007

é tudo, no fundo, uma grande viadagem!




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reajustou, por medida provisória (MP), a remuneração dos 21.563 servidores da administração pública direta, de autarquias e fundações que ocupam cargos comissionados - ou DAS (Diretoria de Assessoramento Superior). Os reajustes variam de 30,57% a 139,75%.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL54161-5601,00.html

É feio e triste - disse à Fermina Daza - mas é todo amor.

As primeiras impressões sobre "Amor nos tempos do coléra" foram um tanto mornas: o fim de um casamento de aparências entre Urbino e Fermina, onde ,apenas no final, cai sobre ambos o peso do amor - sim... apenas no final, porque até o final do livro, minha visão do amor ainda era aquela romanceada, do paraíso eterno e dos caminhos perfeitos quase sem pedras, apenas umas poucas, diminutas; Uma paixão arrasadora partida ao meio pelos caprichos malucos de uma maluca, que deixou o pobre Florentino numa miséria secular numa cruzada de depravação sem limites; E os cominhos de choque culminantes em um fim triste. Essa era minha impressão, porque, aparentemente, o amor entre Fermina e Florentino era impossível. Impossível pelos preconceitos que fazem a cela da minha prisão do amor.
Essa minha prisão, causada pela vista limitada do amor, vem sendo destruída ao longo do tempo, e esse livro é mais um serrote, uma barra a menos, no caminho da alforria. Num filme recente, "Vênus" , vislumbrei uma amor sublime, que me encantou de forma aterradora. Aquele amor, facilmente confundido com perversão, do velho e da moça, mostra o quanto da vida nós podemos perder por orgulhos bobos, ou dogmas hipócritas. Porque, no fim do livro, mesmo Fermina sendo a cachorra que foi, e Florentino sendo depravado em seu cio eterno, depois de todos os percalços, conseguiram resplandecer um amor eterno, bonito e sincero, que na verdade nunca deixou de existir, recaindo antes, os de ambos, em vários locais diferentes.
Porque, na verdade, o amor é eterno, você sempre ama, mas ora cai de um lado, ora cai de outro. E assim, fica caindo eternamente, até que um dia a força dos ossos deixa de existir e cede ao peso do mundo.
Fermina em seu cárcere do lar, amou. Florentino, na suas "andanças", amou. No fim, sós, apenas um com o outro, se amaram. O amor é isso: é paixão, dor, tara, obscenidades, cárceres, brigas, ódios, desamores, vida, sossego. Tudo ao mesmo tempo, girando e caindo, aqui e acolá. Assim, eternamente, até que um dia a força dos ossos deixa de existir e cede ao peso do mundo.

24 maio 2007

fatos sobre passagens de 50 conto

Fato No.1
algumas pessoas são predestinadas a achar passagens de R$ 50,00, outras não. Highlander e São Nunca são bons exemplos.

Fato No.2
passagens de R$ 50,00 são lendas urbanas. Você conhece um amigo de um amigo da prima que viajou por R$ 100,00.

Fato No.3
Todos os passageiro do avião que caiu em 'Lost' compraram passagens de R$ 50,00. É de adimirar-se, não?

Fato No.4
Dizem que alienígenas compram suas passagens à Terra por um preço bastante em conta. Alguns especulam ser R$ 50,00.

Fato No.5
Cabral Comprou uma passagem por RS 50,00. Descobriu o Brasil!

do you miss me?

21 maio 2007

3. I beat the crap out of the spider-man

vende-se



quer pagar quanto?

obs: retirado do site www.kibeloco.com.br

19 maio 2007

16 maio 2007

14 maio 2007

Do susto, as lágrimas. No pesadelo obscuro te vi, vi teus lábios, tua boca. Ela não tocava a minha, mas a de outro. O som do terço rezado vem de bom grado pra excomungar meus demônios. Do quarto fechado, suado, escuto a prece de um punhado de senhoras, uma criança também. O quarto escuro de um sono descuidado é breu. É escuro, mas não páro de ver, claro na minha mente, teu beijo. Reli tuas cartas, tuas dúvidas, tuas inseguranças. Nelas, nada além das tuas declarações de amor. Não pra mim. Minha vista embassada já não sabe o que é verdade e o que não é verdade. Das freses que pensei ser o motivo, não era. Aliás, era. Eu era o motivo de sua infelicidade. Eu era o cara que ficava gritando 'pula' equanto, do alto do muro, você rezava para que a escada aparecesse do outro lado. Você chorava um pranto, você que queria cantar a euforia do teu peito, mas não por mim, não pra mim. Desculpe não ser o seu viés, não ser o amor que quis, não ser sujinho, não ser jornalista, não ser magrinho, não te tratar como ele trata, não tornar você genuinamente feliz. Na verdade eu queria era pular de 1000 andares e cair de cabeça. Só assim eu esqueceria aquele dia e este pesadelo não seria capaz de machucar. Não consigo chorar mais. Parece que dessa vez as lágrimas acabaram de verdade.

02 maio 2007

:|

acordei tarde
fui fazendo uma besteira aqui
outra acolá
e o tempo a passar
e passou
e aqui estou
a te falar
que não há mais a fazer
se não chorar
chorar pela queda
rápida
rápida e mortal

ponto e ponto-e-vírgula

Golden Brown,

ontem eu queria chorar sim, mas eu cheguei a conclusão que já desperdicei muitas lágrimas desnecessariamente nesses últimos dias. Lágrimas que vão me fazer falta em um dia, eu sei.

Lendo o meu horóscopo hoje, parecia uma retrospectiva, quase tudo batia. Lá dizia que eu não deveria comer frutos do mar por esses dias. Bendito horóscopo, espero que ele esteja certo.

No mais, um abraço apertado, aqueles em que dá pra ouvir o estalo dos ossos; um beijo no cangote, aqueles que deixam o cheiro gravado na alma; e uma lambida na testa, pra mostrar que as coisas mais inesperadas podem acontecer. Ponto.


P.S. epero que o ponto-e-vírgula desta fase da minha vida esteja perto de chegar.

Zé, sem ponto, sem vírgula, sem nada.

27 abril 2007

sempre fico encucado

G. Brown

hoje passei o dia me perguntando se as decisões que tomo na vida são as corretas. Fiquei na duvida entre suco de uva e laranja, pedi uva e veio laranja. Tudo bem. Eu sou uma pessoa muito traquila, às vezes. Alguns dizem besta. Particularmente, não sei se acredito muito nelas, porém, sempre fico encucado.

Certas vezes me pergunto se deveria pegar o copo de suco de laranja e pedir gentilmente ao sr. do bar que enfie naquele local bem conhecido. Eu me chamaria de doido. Alguns diriam: "muito bem Cândido". Particularmente, não sei se acredito muito nelas, porém, sempre fico encucado.

P.S. Como diria um amigo:
- Você está precisando de uns dias de férias. Quem sabe no Rio, quer vir?

Zé, sem noção na vida, no amor, na guerra e no que for.

Leave Before The Lights Come On

by Arctic Monkeys

Well this is a good idea,
He wouldn't do it if it wasn't,
He wouldn't do it if it wasn't one.
Well my friend fancies you,
Oh what a way to begin it all,
You said it's always exciting words to hear

And we woke up together not quite realising how,
Oh when your stretching and yawning,
Its always hard in the morning,

And I suppose that's the price you pay,
Oh it isn't what it was,
She's thinking he looks different today,
And oh there's nothing left to guess now,

You left before the lights came on,
Because you didn't want to ruin,
All the lust that was brewing,
Before he absolutely had to,
And how can you wake up,
With someone you don't love?
And not feel slightly fazed by it,
Oh, he had a struggle,

And you woke up together not quite realising how,
Oh but he's stretching and yawning,
It's always hard in the morning,

And I suppose that's the price you pay,
Oh it isn't what it was,
She's thinking he looks different today,
And oh there's nothing left to guess now,

Quick, let's leave, before the lights come on,
'Cos then you don't have to see,
'Cos then you don't have to see,
What you've done,

Quick, let's leave, before the lights come on,
'Cos then you don't have to see,
'Cos then you don't have to see,
What you've done,

Until tomorrow comes,

I'll walk you up, what time's the bus come?
I'll walk you up, what time's the bus come?
I'll walk you up, what time's the bus come?
I'll walk you up, what time's the bus come?

26 abril 2007

7-1 = 6

GB,

meu coração tá pequeno. Tá tão apertado que, se fosse comparado em tamanho a um grão de areia, perdia. Ainda não chorei todas as lágrimas, vou esperar chover pra camuflar (Quando chove molha uma ponta da cama).

Continuo nessa, mas hoje só tenho seis vidas! Caí do sétimo andar ouvindo interpol e espero ter um sonho vazio pra poder caber as lágrimas do meu pranto. o juizo é pouco, o sono muito. Outro dia, outra vida!

...
Você pode ir na janela
pra se amorenar no sol
que não quer anoitecer
...


Zé, Cachoeira da Parangaba.
hoje morri! morri com um tiro que rasgou meu peito, meu coração.
dos segredos mais sórdidos,o hoje revelado, me matou por completo.
tirou toda a minha felicidade, minha ilusão sobre ela.
hoje o dia chuvoso terminará triste e e morto. morto como o resto de mim.
o vômito que tenta escapar agora pela minha boca me parece as minhas entranhas querendo sair. não há mais nada, apenas um revolto de partes, de órgãos que um dia me fizeram por inteiro. o tiro saiu quando descobri teu segredo. hoje morri. morri com um tiro que rasgou meu peito, meu coração.

20 abril 2007

Da janela dava para ver o carro saindo da garagem. Era uma das poucas coisas que podiam ser vistas dalí. No quarto andar não dava pra ver muita coisa porque o pequeno prédio amarelo-queimado era rodeado de gigantes espelhados. Era quase um alienígena na paisagem dos altos prédios de escritório. Mas não chegava a chamar tanta atenção. Ficava numa rua sem saída e pouco movimentada, e de lá não se via quase nada. De um lado era a rua, do outro o estacionamento do prédio ao lado.

Aquele horário da manhã não era um dos mais felizes do dia. O marido saia para trabalhar cedo. Era duro ter que ficar o resto do dia em casa tratando dos afazeres domésticos mais chatos. Ao ver o carro sair pelo portão de alumínio ondulado toda manhã, uma gota de lágrima era espremida pelo fechar forçado de olhos que não se fecharam direito durante várias noites seguidas. Aquela não era a visão matinal que ela sonhara.

Depois de sentir o frio do vidro da janela, a mão sempre fechava com força, pra ser de uma vez só. Voltar àquela janela só na outra manhã. Ninguém naquela casa tinha parado para pensar ainda. Ninguém havia percebido que fazia sete anos que aquela cortina passava o dia privando o sol de entrar, sete anos.

29 março 2007

desespero face-a-face

a face do desesespero se joga na minha frente soltando um grito agudo, frio e cortante. nela posso ver todos os dias de agústia da minha vida, posso ver as lágrimas caídas e o coração apertado pela impotência digna do meu ser. nela vejo também a dor, a mágoa e o dano à pessoa amada. e tudo causado pelo descaso, descaso pela vida, descaso pelo amor. mas um esbarrão desse e morro.

au suivant

15 março 2007

em nome do pai

o que me mata mais agora é a contradição. por que se deve fazer muito feijão e pouca paçoca, como ordena meu pai, não entra na minha cabeça. pode-se amar e odiar ao mesmo tempo? dois sentimentos tão distintos se complentam no infinito. talvez devesse apenas sair por ai e não ligar pra dualidade amor/ódio paternal.

tenho medo de ser aqule homem sentando na cadeira, dando ordens, de cara fechada, que na frente de outras pessoas é amável e prestativo, mas no interior da morada, pode ser uma pessoa muito cruel e mesquinha.

seja o que for será. como num filme de ficção científica diz, nossas escolhas já estão tomadas, basta agora entender o por quê.

em nome do pai, do filho e do espírito santo. amém.

14 março 2007

quatro paredes

as quatro paredes, conhecidas minha desde a infância, não são mais as mesmas. tendo ainda um quadro de um eu-bebê e um guarda-roupa verde embutido, como lembranças de um tempo antigo, as repinturas apagaram traços de algo que não volta mais.

tanto eu com elas mudamos. e sinto como se, o que era antes um lugar fantástico, quartel-general de super-heróis, sala de estudos ou apenas um monte de obstáculos para a minha bola de sacos plásticos, hoje fosse uma prisão, um cubo que diminui e me sufoca cada dia mais.

mesmo sendo um quarto sem espelhos, reflete o que sou hoje. um quase-homem sem rumo, com a cabeça mais bagunçada que lixo revirado, a memória pequena do tamanho de um flanelografo, que tem que ter ajuda de percevejos para poder fixar alguma coisa. e os mesmo livro não lidos são reflexo da minha aparente inteligência, burra, mesquinha e presa num mundo de fantasia criado por escritores britânticos.

quero crescer, mas creio que aqui não da mais. não com essas paredes branco-gelo me acusando de não ser ninguém, de não ser bom o suficiente, de não ser responsável. As paredes, o rosto, quero pintar eu mesmo, quero pintar eu mesmo.

25 fevereiro 2007

old shits smells like new ones.

quão tola é minha esperança de mudar. mudar as merdas que faço na vida. quão tola é minha esperança de crescer. cada dia que passa, mais a marca idiota gravada na testa se intensifica. porque não basta eu andar, correr ou saltar. Sempre cago as mesmas merdas. o mesmo cheiro. só o que muda é cor. só o que muda é porcaria da cor.

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Não julgue pelo que vê. Julgue pelo que sente. Mesmo que o cheiro não seja bom.

17 janeiro 2007

Space Oddity

Ground Control to Major Tom
Ground Control to Major Tom
Take your protein pills
and put your helmet on

Ground Control to Major Tom
Commencing countdown,
engines on
Check ignition
and may God's love be with you

[spoken]
Ten, Nine, Eight, Seven, Six, Five, Four, Three, Two, One, Liftoff

This is Ground Control to Major Tom
You've really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now it's time to leave the capsule if you dare

This is Major Tom to Ground Control
I'm stepping through the door
And I'm floating in a most peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet Earth is blue
And there's nothing I can do

Though I'm past one hundred thousand miles
I'm feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell my wife I love her very much she knows

Ground Control to Major Tom
Your circuit's dead,there's something wrong
Can you hear me, Major Tom?
Can you hear me, Major Tom?
Can you hear me, Major Tom?
Can you....

Here am I floating round my tin can
Far above the Moon
Planet Earth is blue
And there's nothing I can do.

14 janeiro 2007

0 astronautas

10 janeiro 2007

pout-porir

Dá-me luz, ó Deus do tempo. Dá-me luz. Pois agora estou fraco do pensar e cego por amar.
Falta o passo ao coração. O desconpasso é lei. Quero ver o horizonte distante aprumar.
Quero ver, pra crer.
Ser seu viés era meu sonho. Não o ser me maltrata. Porque você, neguinha, é o meu.
Meu norte, meu amor. Mas tente compreender, em São Gonsalo você sabe como é.
Mas você crê se quiser.

05 janeiro 2007

Eu ein!

Olha o que me diz o Orkut!

"Sorte de hoje:
Você escapará por um triz de um problema sério"

O negócio é saber que problema é esse e quão 'triz' vai ser.
Me desejem sorte.