27 abril 2007

sempre fico encucado

G. Brown

hoje passei o dia me perguntando se as decisões que tomo na vida são as corretas. Fiquei na duvida entre suco de uva e laranja, pedi uva e veio laranja. Tudo bem. Eu sou uma pessoa muito traquila, às vezes. Alguns dizem besta. Particularmente, não sei se acredito muito nelas, porém, sempre fico encucado.

Certas vezes me pergunto se deveria pegar o copo de suco de laranja e pedir gentilmente ao sr. do bar que enfie naquele local bem conhecido. Eu me chamaria de doido. Alguns diriam: "muito bem Cândido". Particularmente, não sei se acredito muito nelas, porém, sempre fico encucado.

P.S. Como diria um amigo:
- Você está precisando de uns dias de férias. Quem sabe no Rio, quer vir?

Zé, sem noção na vida, no amor, na guerra e no que for.

Leave Before The Lights Come On

by Arctic Monkeys

Well this is a good idea,
He wouldn't do it if it wasn't,
He wouldn't do it if it wasn't one.
Well my friend fancies you,
Oh what a way to begin it all,
You said it's always exciting words to hear

And we woke up together not quite realising how,
Oh when your stretching and yawning,
Its always hard in the morning,

And I suppose that's the price you pay,
Oh it isn't what it was,
She's thinking he looks different today,
And oh there's nothing left to guess now,

You left before the lights came on,
Because you didn't want to ruin,
All the lust that was brewing,
Before he absolutely had to,
And how can you wake up,
With someone you don't love?
And not feel slightly fazed by it,
Oh, he had a struggle,

And you woke up together not quite realising how,
Oh but he's stretching and yawning,
It's always hard in the morning,

And I suppose that's the price you pay,
Oh it isn't what it was,
She's thinking he looks different today,
And oh there's nothing left to guess now,

Quick, let's leave, before the lights come on,
'Cos then you don't have to see,
'Cos then you don't have to see,
What you've done,

Quick, let's leave, before the lights come on,
'Cos then you don't have to see,
'Cos then you don't have to see,
What you've done,

Until tomorrow comes,

I'll walk you up, what time's the bus come?
I'll walk you up, what time's the bus come?
I'll walk you up, what time's the bus come?
I'll walk you up, what time's the bus come?

26 abril 2007

7-1 = 6

GB,

meu coração tá pequeno. Tá tão apertado que, se fosse comparado em tamanho a um grão de areia, perdia. Ainda não chorei todas as lágrimas, vou esperar chover pra camuflar (Quando chove molha uma ponta da cama).

Continuo nessa, mas hoje só tenho seis vidas! Caí do sétimo andar ouvindo interpol e espero ter um sonho vazio pra poder caber as lágrimas do meu pranto. o juizo é pouco, o sono muito. Outro dia, outra vida!

...
Você pode ir na janela
pra se amorenar no sol
que não quer anoitecer
...


Zé, Cachoeira da Parangaba.
hoje morri! morri com um tiro que rasgou meu peito, meu coração.
dos segredos mais sórdidos,o hoje revelado, me matou por completo.
tirou toda a minha felicidade, minha ilusão sobre ela.
hoje o dia chuvoso terminará triste e e morto. morto como o resto de mim.
o vômito que tenta escapar agora pela minha boca me parece as minhas entranhas querendo sair. não há mais nada, apenas um revolto de partes, de órgãos que um dia me fizeram por inteiro. o tiro saiu quando descobri teu segredo. hoje morri. morri com um tiro que rasgou meu peito, meu coração.

20 abril 2007

Da janela dava para ver o carro saindo da garagem. Era uma das poucas coisas que podiam ser vistas dalí. No quarto andar não dava pra ver muita coisa porque o pequeno prédio amarelo-queimado era rodeado de gigantes espelhados. Era quase um alienígena na paisagem dos altos prédios de escritório. Mas não chegava a chamar tanta atenção. Ficava numa rua sem saída e pouco movimentada, e de lá não se via quase nada. De um lado era a rua, do outro o estacionamento do prédio ao lado.

Aquele horário da manhã não era um dos mais felizes do dia. O marido saia para trabalhar cedo. Era duro ter que ficar o resto do dia em casa tratando dos afazeres domésticos mais chatos. Ao ver o carro sair pelo portão de alumínio ondulado toda manhã, uma gota de lágrima era espremida pelo fechar forçado de olhos que não se fecharam direito durante várias noites seguidas. Aquela não era a visão matinal que ela sonhara.

Depois de sentir o frio do vidro da janela, a mão sempre fechava com força, pra ser de uma vez só. Voltar àquela janela só na outra manhã. Ninguém naquela casa tinha parado para pensar ainda. Ninguém havia percebido que fazia sete anos que aquela cortina passava o dia privando o sol de entrar, sete anos.