09 fevereiro 2010

pequenas coisas

É impressionante como, às vezes, as pequenas coisas te derrubam. Derrubam e derrubam feio. Um vírus da gripe, uma pedra, uma palavra ou ação. O que é aquilo comparado com todo o resto? Será que são as mesmas pequenas coisas que te encantam? Sorriso, toque, olhar? É tudo parte do mesmo caos de partículas que nos cerca, flutuando em um mundo de possibilidades. Ein?! O bater de asas de asas em Pequim causa terremotos no Haiti. É isso. É isso que acontece. O mesmo bater de asas em Pequim, que causa terremotos no Haiti e tempestades em Nova York, causa um belo pôr do sol em Aveiro. Quem sabe? Eu não sei. Só sei que nado sem saber pra onde, tropeço e caio em cada pedra boba que aparece. As vezes acho que sei o que é certo. As vezes tudo que acho é errado. Basta uma gripe pra confundir tudo. Basta uma topada pra esquecer. Na iminência de uma mudança climática, borboletas insistem em bater asas por todos os lugares. São loucas. Tenho medo do que pode acontecer no futuro. Não sei se virão terremotos ou firmamentos.