29 julho 2012

blá blá blá...

Não sei bem ao certo o que me fez parar. Parece distante o dia calmo e alegre, aquele em que a vida ainda parecia jovem e cheia de possibilidades infinitas. Naquele tempo, um vigor cantava, o amor pulsava e respirava aos montes. Em algum momento, parei. De pensar, de andar, de correr, de brincar, de sentir. Não sei bem ao certo o que me fez parar. Me sinto de pé, encarando a mesma paisagem, que insiste em mudar todo o dia. Mas ela não é a mesma de antes. Também pudera, nossas transformações estão em uma escala de tempo absurda, não há espaço para contemplação. Agir é necessário e imperativo. É como se assistindo a um programa de televisão, vejo as coisas passarem, os universos nascerem renascerem, os dinossauros virarem ossos, as notícias mostradas mais fortes e intensas. É tudo como num sonho sem fim, esperando a hora do acordar. Não era pra ser assim, era pra ser diferente. Não há mais tempo de ser de outra forma, era pra ser diferente. Mas agora é tarde, tenho que seguir olhando. Vai que um dia lembro de voltar a realidade. Deixa o contato, ligo quando puder.