27 junho 2007

parece que vai chover, né?

a lua tem halo, sinal de chuva. as crenças distantes tomam de assalto a minha mente inconformada com o dia de amanhã. a lua tem halo hoje e prefiro acreditar na refração da luz pelos cristais do que em qualquer outra teoria absurda. bem que eu precisava de chuva. pra poder lavar as caraminholas da minha cabeça. sem rumo, tomo prumo pra lugar nenhum. que venha a chuva.

25 junho 2007

O amor à merda.

"O amor é semeado todos os dias na nossa vida".
Victor Bacaus, Passeata do Amor Divino, 16 de setembro de 1997.

"Vai à merda, filho da puta comunista".
Victor Bacaus, Entrada da Polícia Federal após prisão por sonegação fiscal, 18 de setembro de 1997.

amor bastardo

de repente, bate na porta uma esperança.
de repente, bate na cara uma dor.
a dor de um amor rejeitado,
a dor de um amor escarrado,
a dor de um amor bastardo,
filho de um pai só.

eterno

eterno é tudo aquilo que não padece à força do destino, que não se quebra sob o punho esmagador de tempo, e fica, nem que seja apenas uma folha da ávore da memória no outono da nossa era.

22 junho 2007

conferência de teclados do mau desmascarada.

Uma operação em conjunto do greepeace e da polícia federal, desmascarou hoje a maior conferência de teclados do mau que o mundo da já viu. Há dois dias, em um chat pela internet(aqui), descobriu-se um plano nefasto dos teclados que planejavam dominar o mundo forçando erros ortográficos, do mais baixo calão, em chats pela rede mundial de computadores. Através dos erros, eles disseminavam a discóridia e o caos pelo mundo. Segundo fontes sigilosas, todos os conflitos mundias e todas as desgraças da humanidade, desde as épocas mais remotas, aconteceram por causa dos teclados. A conferência, mascaradamente ocorrida em um galpão de lixo tecnológico, seria realizada com o intuito de promover o ataque final contra a raça humana e, de uma vez só, por um fim na humanidade para que eles pudessem reinar absolutos, sem dedos nas suas teclas. Veja aqui uma imagens do flagrante:



Obs: imagem reTirada do ipo do greepeace(http://www.greenpeace.org)
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19 junho 2007

mente? não!

hoje sonhei que estava na tua mente e lá eu podia viajar. de trem, de avião, pé ou bicicleta, ví tudo que quis. entrei por cada porta, visitei cada canto, tua sala de estar, tua cozinha. mas ao chegar ao salão do coração fiquei com medo. fiquei com medo de encontrar um bicho-papão, um monstro, uma mão dos amores passados, ainda vivos. exitei, pra mim bastou ver a luz do meu quarto acesa. mas senti a ponta da faca do desespero tocar meu pescoço. senti que aquele medo me consumia e que um dia irei pagar por isso. devia ter entrado. e se me aparecessem as aberrações que os sonhos gostam de fazer pular na nossa frente, eu os devia ter enfretado, como homem que luta pelo seu ideal, como quixote por dulcinéia. agora é tarde. agora é rezar para cair lá de novo e ir preparado.

18 junho 2007

é tudo, no fundo, uma grande viadagem!




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reajustou, por medida provisória (MP), a remuneração dos 21.563 servidores da administração pública direta, de autarquias e fundações que ocupam cargos comissionados - ou DAS (Diretoria de Assessoramento Superior). Os reajustes variam de 30,57% a 139,75%.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL54161-5601,00.html

É feio e triste - disse à Fermina Daza - mas é todo amor.

As primeiras impressões sobre "Amor nos tempos do coléra" foram um tanto mornas: o fim de um casamento de aparências entre Urbino e Fermina, onde ,apenas no final, cai sobre ambos o peso do amor - sim... apenas no final, porque até o final do livro, minha visão do amor ainda era aquela romanceada, do paraíso eterno e dos caminhos perfeitos quase sem pedras, apenas umas poucas, diminutas; Uma paixão arrasadora partida ao meio pelos caprichos malucos de uma maluca, que deixou o pobre Florentino numa miséria secular numa cruzada de depravação sem limites; E os cominhos de choque culminantes em um fim triste. Essa era minha impressão, porque, aparentemente, o amor entre Fermina e Florentino era impossível. Impossível pelos preconceitos que fazem a cela da minha prisão do amor.
Essa minha prisão, causada pela vista limitada do amor, vem sendo destruída ao longo do tempo, e esse livro é mais um serrote, uma barra a menos, no caminho da alforria. Num filme recente, "Vênus" , vislumbrei uma amor sublime, que me encantou de forma aterradora. Aquele amor, facilmente confundido com perversão, do velho e da moça, mostra o quanto da vida nós podemos perder por orgulhos bobos, ou dogmas hipócritas. Porque, no fim do livro, mesmo Fermina sendo a cachorra que foi, e Florentino sendo depravado em seu cio eterno, depois de todos os percalços, conseguiram resplandecer um amor eterno, bonito e sincero, que na verdade nunca deixou de existir, recaindo antes, os de ambos, em vários locais diferentes.
Porque, na verdade, o amor é eterno, você sempre ama, mas ora cai de um lado, ora cai de outro. E assim, fica caindo eternamente, até que um dia a força dos ossos deixa de existir e cede ao peso do mundo.
Fermina em seu cárcere do lar, amou. Florentino, na suas "andanças", amou. No fim, sós, apenas um com o outro, se amaram. O amor é isso: é paixão, dor, tara, obscenidades, cárceres, brigas, ódios, desamores, vida, sossego. Tudo ao mesmo tempo, girando e caindo, aqui e acolá. Assim, eternamente, até que um dia a força dos ossos deixa de existir e cede ao peso do mundo.