19 junho 2007

mente? não!

hoje sonhei que estava na tua mente e lá eu podia viajar. de trem, de avião, pé ou bicicleta, ví tudo que quis. entrei por cada porta, visitei cada canto, tua sala de estar, tua cozinha. mas ao chegar ao salão do coração fiquei com medo. fiquei com medo de encontrar um bicho-papão, um monstro, uma mão dos amores passados, ainda vivos. exitei, pra mim bastou ver a luz do meu quarto acesa. mas senti a ponta da faca do desespero tocar meu pescoço. senti que aquele medo me consumia e que um dia irei pagar por isso. devia ter entrado. e se me aparecessem as aberrações que os sonhos gostam de fazer pular na nossa frente, eu os devia ter enfretado, como homem que luta pelo seu ideal, como quixote por dulcinéia. agora é tarde. agora é rezar para cair lá de novo e ir preparado.