17 julho 2007

no banco do passageiro.

O silêcio ensurdecedor da viagem me faz lembrar da época de quando eu era menor. Onde eu não podia ir no banco do passageiro porque ele já estava ocupado. Os cabelos um tanto ruins, que herdei também, eram volumosos, e o rosto, quase que reaproveitado da fôrma dos outros irmãos, era sempre sereno, exceto, claro, nos momentos de dor. A voz dela me acalmava, ao contrário da outra, que sempre me mandava calar. Calado, hoje ocupo o banco do passageiro, inventando mil formas de entreter meus sentidos nas viagens diárias da nossa vida. Saudades.