14 outubro 2007

lagarta-pintada

Me dissetam uma vez que o homem gosta de sofrimento. Uma afirmação absurda, mas que toma forma em toda rodinha em volta de uma briga, ou no burburinho de acidentes de trânsito, ou mesmo quando se está no quarto fechado chorando a própria infelicidade. Um ato sado-masoquista que irrompe do próprio instinto. Talvez seja, somente, pura merda, mas certas vezes tenho que adimitir que penso ser isso a mais pura verdade. Às vezes me pego beliscando meu prórpio dedo, num jogo de lagarta-pintada distorcido, criando fantasmas para meu próprio terror. De nada vale a agônia. Ela não será capaz de apagar os traços dos meus medos, apenas de fortalece-los e tornar-me fraco. O problema é que nunca aprendo.