16 junho 2006

O palhaço atirador de malabares.

Vivo na corda bamba, mas não sou trapezista!
Sou palhaço, mas não o que bate! o que cai.
O da maquiagem triste! Triste por sentir, trite por temer.
Temer morrer, morrer de cair, temer de ver o meu amor partir.
Partir como partem os outonos.
Deixando o frio, inverno morto e gelado.
Partir como partem as aves.
Atrás de calor(o de verdade).
A maquiagem borra só de pensar.
borra porque sabe do amor!
borra pelo peito vazio que vai restar.
os restos que vão cair.
o pó que vai sobrar.
Mas, se tens que ir, que vá!
Vá pra longe! pro fim! pro extremo!
Porque meu amor vai ficar.
E não vai largar meu peito.
Até morrer ou cair.
Morrer na jaula dos leões.
Ou pelas facas do atirador!
Não... morrer por não ter
Não ter mais o teu sorriso!
O teu rosto ou cheiro da tua pele!
O toque dos lábios!
Os olhos profundos!
Enfim... de ti!
*****
Ziguezagueando zonzo de te procurar,
Eu tranco no meu pranto canto alto de euforia
Que eu queria te cantar.
Guardo pra mim.
Deixa estar.