03 setembro 2006

Do pecado e do perdão.

Um levante de ódio tomou o meu peito. Tudo porque te magoei. Não cumprir as promessas que te fiz foi um erro. Uma falta grave que cometi por causa do mais tolo do sentimentos. O egoísmo que assolou minha alma fez temer tua rejeição. Um simples não me faria tombar. Pensar que tu não estaria disposta a permanecer mais um dia em minha presença parte toda a minha carne.

Se pudesse compensar toda a minha falta, meu egoísmo cego, eu faria qualquer coisa. Te daria carros, as roupas caras, as viagens, os janteres, os diamantes, ou mesmo outro, que não eu, para que encontrasse o amor. Porque te amo de forma verdadeira, e mais vale a mim a tua felicidade que a própria.

E se houvesse um castigo a altura mereceria recebê-lo. Mesmo se a morte me esquecesse e fosse condenado a viver eternamente, seria um castigo pouco doloroso. Porque a eternidade sem ti seria pouco sofrimento à minha pele.

Espero que parte de mim morra. Morra para poder brotar algo melhor, algo que dê frutos doces. Que a maça do egoísmo, criador do pecado original, tenha sido estirpada, que tenha apodrecido. Que agora haja apenas tâmaras, de cujo pé sairam as folhas que abençoaram Cristo em Jerusalém e que, como Cristo, me perdoe.