06 julho 2006

Cegos e cegueiras

Vontade de estar perto. Sentir o toque dos cabelos, o calor da pele. Nada me faz sentir melhor. Longe... eu pereço. Desfalecido sob o peso do meu coração. Caio sob a lama que se torna o meu corpo. Porque só tu me faz leve e puro.

Pena, pois, com o punhal da indiferença me apunhalaste. Agora sofro sem enxergar teu rosto. Cego por um amor que me atormenta e me faz morrer. Maldito o dia em que pus meus olhos em ti e meu coração te viu. Maldito o dia.

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"(...) Se eu voltar a ter olhos, olharei verdadeiramente os olhos dos outros, como se estivesse a ver-lhes a alma, A alma, perguntou o velho da venda preta, Ou o espírito, o nome pouco importa, foi então que, surpreendentemente, se tivermos em conta que se trata de uma pessoa que não passou por estudo adiantados, a rapariga dos óculos escuros disse, Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."

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Volto a dizer... Saramago é foda!